terça-feira, 27 de dezembro de 2011

HETEROFOBIA





Preciso confessar: sofro de heterofobia. Não consigo achar normal duas pessoas de sexos diferentes se amarem.  Como pode um homem dar prazer a alguém com um corpo tão diferente do dele? Ele nem sabe que prazer uma mulher sente de verdade ao ser tocada e vice-versa. Como um hétero pode ter certeza de que é heterossexual se ele nunca ficou com um ser do mesmo sexo? A heterossexualidade, na verdade, é apenas uma fase, vai passar um dia, após a adolescência. 


Seu filho é hétero? Coitado! Mas, não se preocupe, é apenas modismo, ele quer ser hétero só porque viu aquele casal hétero na novela, bobo. Aliás que pouca vergonha se tornou a televisão e o cinema?! Exibem cenas de sexo hétero a todo momento. Isso devia ser proibido, pois pode obrigar as crianças a se tornarem heterossexuais. Mas a bem da verdade os heterossexuais são seres promíscuos. P-R-O-M-Í-S-C-U-O-S! Não podem ver um rabo-de-saia que já estão gritando "gostosa", são pervertidos. Ou você já viu um grupo de pedreiros gays gritando "tesão" quando passa o vizinho sarado? E quando se reúnem vários héteros, então? É uma putaria sem fim. É só ter uma micareta, um festival de axé, que os héteros ficam se pegando feito animais no cio, e no dia seguinte a rua fica cheia de camisinhas usadas. 


Isso sem falar na competência dos héteros. Por que uma empresa contrataria alguém tão conformado, sem criatividade e que vai dar em cima de todas as funcionárias, como um heterossexual? Não, não, héteros precisam de cartilhas a todo momento, para dizer o que é certo ou errado, não contrate-os. Fora isso, eles costumam sair à noite e ir a boates e ficam beijando na frente de pessoas que não estão acostumadas a ver isso, eles deviam se dividir em grupos, se afastar da sociedade e colocar na porta: "aviso: boate hétero". 


Onde está a moral hétero, hein? Olha o número de adolescentes grávidas no Brasil! Héteros não amam, eles só pensam em sexo! Dispensa comentar acerca das doenças sexualmente transmissíveis, né? Héteros são lotados delas! Afinal não há mais grupos de risco e sim comportamentos de risco e quem sofre cada vez mais com a AIDS são as mulheres casadas. Héteros são um problema de saúde pública, não sei por que não tratam a heterossexualidade como doença (e ainda querem me impedir de falar heterossexualismo, que frescura!). 


Héteros não tem condições de criar uma família. Os homens héteros pensam apenas em futebol e cerveja, largam as esposas em casa para irem aos estádios de futebol, ou para se reunirem com os amigos no bar da esquina. As mulheres héteros só querem saber de cuidar do cabelo, fazer compras e até esquecem os bebês no carro para ir ao shopping. Existem registros de casais héteros, que geraram seus filhos biologicamente, e foram capazes de atirá-los pela janela e até na lagoa. Onde está o futuro de uma criança com um hétero? 


Na verdade pode ser falta de espiritualidade. Héteros devem ser pessoas afastadas de Deus, que não sabem seguir as regras do Senhor. O inferno tá cheio de héteros, queimando por suas vidas impuras. E Deus, O ser superior que ama a todos, jamais perdoaria alguém que ama um sexo diferente. Devemos alertá-los para deixarem de ser héteros, antes que seja tarde demais para voltarem a uma vida normal! 


E o que é pior é saber que ser hétero é uma opção, uma escolha. Ou você não se lembra? Lembra sim, safado! Quando a criança faz 12 anos, os pais apresentam um menu e perguntam: "Meu filho, você agora precisa decidir se vai gostar de homem ou de mulher. Você prefere ter uma ereção ao ver a Britney Spears ou o Ricky Martin ou ambos?". É tudo escolha, nós exercemos total controle sobre nossos sentimentos e sexualidade desde o nascimento. Chega disso, chega de heterossexuais, de suportá-los infiltrados na sociedade!  















*Um homossexual é assassinado a cada três dias no Brasil por homofobia.* 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

“Entenda a diferença entre gorda e gordelícia”

E aí que quando eu comecei a fazer blog, comecei a receber vários comentários, alguns bons, outros ruins e uns que, confesso para vocês, achei no mínimo curiosos.
“Ah o seu blog é legal, mas você é gorda”
“Ela seria bonita se não fosse gorda”


Juro que não fiquei chateada com os comentários, afinal eu sou gorda mesmo. Só achei engraçado as pessoas usarem isso para tentar me ofender, não tem como me insultar falando do meu peso, até porque esse comentário é verdadeiro. Eu ficaria chateada se falassem coisas que eu não sou. Ou você acha que um careca fica triste quando alguém chega e diz “ei, você é careca!”?
Por outro lado, ultimamente, algumas pessoas têm comentado outras coisas.
“Você é uma gordinha muito gostosa”
“Você é linda”
“Entenda a diferença entre gorda e gordelícia”

Ou um que eu tenho recebido com uma certa frequência.
“Já pensou em ser modelo plus size?”
Modelo Plus Size?! O que é isso?
Eu sempre achei que modelos precisavam ser magras, macérrimas ou quase, esqueléticas.
Resolvi pesquisar e achei fotos lindas de mulheres lindas e gostosas. 
Ninguém imagina que uma gordinha possa ser assim.
                                       
Para mim a Rasputia e um icone, pois ela sente-se amada e desejada ,é justamente esse o grande lance da vida.
Voce tem que se amar se curtir como vc é Gorda, magra seja lá como for AME-SE, como eu me AMO

Claro, que tem gente que não gosta, afinal existe gosto para tudo.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Dizer que não tem preconceito esta na moda!!!!!



Meu nome é Alice Moreira, tenho 44 anos de idade, fui  casada por duas vezes . Tenho dois filhos, lindos e maravilhosos  ,  e uma Neta de 8 anos que enche minha vida de alegria e esperança no futuro.
Aos 39 anos de idade  fui estudar  Teologia,  fui para a Faculdade de Teologia. Hoje sou Militante dos Direitos Humanos como um Todo . Mas as questões Teológicas sempre foram fundamentais em minha vida.
Acontece que há cerca de 4 anos (não sei precisar com certeza) atrás vi uma reportagem no Fantástico onde um grupo de homossexuais se reunia em um apartamento para uma espécie de culto religioso. A queixa deles era que igrejas (católicas e protestantes) não os aceitavam. Aquilo mexeu muito comigo porque na época em que fui Membro  de uma igreja evangélica, tradicional eles nem  lembravam que homossexuais existiam.
Essa era uma questão tão mal  resolvida na minha cabeça que  eu comecei a questionar que Amor era esse? Percebi o equívoco que tinha cometido pois, do que me adiantava criar celeuma e nada fazer...não me movimentar?  Eu não teria  respostas para dar porque  ate aquele momento eu não havia me posicionado na luta. Fiquei angustiada e comecei a fazer aquelas perguntas que  a Igreja não queria responder.  A busca de respostas foi um processo longo e trabalhoso que exigiu muito mais que abordagens teóricas sobre o assunto. Na verdade tive que reformular todos os conceitos de vida . Depois de uns  anos já estava convencida que a igreja por ignorância, omissão, má fé ou seja lá o que for, erra e contribui decisivamente para que muitas pessoas sofram e para que famílias sejam desestabilisadas por puro preconceito e arrogancia. Mais que isso estou convencida que a diversidade encontrada em todas as áreas da criação, inclusive nas aptidões e identidades sexuais fazem parte da beleza que Deus desejou para Sua obra e, portanto, discriminar os homossexuais é um crime primeiramente contra Deus (quem somos nós para criticar o que Deus fez?) e depois contra a humanidade
Entretanto resolver as coisas no campo conceitual traz implicações para o dia a dia de cada um de nós. De nada adiante estar convencida de algo se isso não provocar uma mudança de comportamento em sua vida. E mudar comportamentos não é tarefa fácil. Primeiramente minha familia e depois os amigos. Muita gente boa sequer sabe que é preconceituosa. O discurso politicamente correto" levam as pessoas a afirmações de coisas que não sentem. Dizer que não tem preconceito é bonito e esta na moda. Desvencilhar-se do preconceito e seus entulhos é um trabalho que demanda tempo. Viver sem preconceito ainda é uma atividade de alto risco.
Na busca de melhor entendimento do universo homossexual conheci alguns jovens com problemas para aceitarem sua homossexualidade. Percebi que grande parte dos conflitos tem sua origem principal nas famílias , a maior parte delas, que importam seus preconceitos das igrejas Cristãs. Conheci jovens falando em auto-mutilação por medo de pecar. Teve um menino que depois de seguir todas as "receitas" que sua igreja deu para que ele fosse "libertado desse pecado", como não conseguia, falou em suicídio, porque assim pecaria menos. Depois de meses conversando com ele consegui que ele entendesse que Deus o ama e o quer assim como ele é. O convenci que o pecado seria ele negar a homossexualidade. Estou convencida que muitas pessoas tem problemas de aceitação de sua homossexualidade porque, infelizmente, a igreja é a maior disseminadora do preconceito na sociedade.
Mais drástico foi constatar que a igreja assim procede ostentando com arrogancia a pretensiosa ilusão de ser a "representante de Deus" na terra. Essa mentira faz bem para o ego de lideres religiosos. Deus se revela onde e como deseja, sem necessitar de "procuradores" fajutos e inconseqüentes. Ser branco, negro, amarelo, vermelho, heterossexual ou homossexual são manifestações legítimas do gênio criativo de Deus. Por isso minha participação no movimento LGBT se dá com três propósitos distintos:
- Combater a discriminação e o preconceito com ações que promovam a desconstrução das estruturas que os mantem. 

- Ajudar, no que eu puder, as pessoas que tem problemas em vivenciar sua sexualidade e sua fé 

- Conseguir amigos entre todos.

Hoje sofro discriminação tambem, e agora dos dois lados. Os que são homossexuais porque tem dificuldades em conviver com Minha Orientação Religiosa. Os heteros porque não conseguem compreender por que apoio o que para muitos deveria ser negado. Dos que são religiosos porque acham que estou blasfemando com minhas idéias e dos ateus porque acham que é impossível crer em Deus e apoiar os homossexuais. Mas também tenho conseguido muitos amigos, e espero conseguir muito mais, e isso não tem preço.
Pois essa sou eu e sempre serei.

Quero um amigo gay . héteros são bem vindos, mas os gays tem preferência.

Os gays nao tem TPM,  mas ainda assim sofrem com a TPM de suas maes, irmas, amigas, chefes, e qlqr outra  a menos de 100 metros que possua útero.

Hoje, o nível de serotônina em meu cérebro caiu a níveis alarmantes. 

Olho no espelho e vejo uma bruxa que pode a qlqr momento gritar uma mandinga e me transformar em perereca. 

Os de casa, pobres seres, se esquivam de meus olhares, sabem que eles podem fulminar. 

O gato deve sentir algum cheiro e nao arrisca, transforma-se em caramujo e no sofá permanece por horas.  

Os amigos, ah seres afortunados, nem me ligaram hoje, estavam pressentindo algo no ar.

No trabalho, que trabalho? Nao há concentracao. 

Chocolate ajuda, por 5 minutos... 

Música? música ajuda, mas só um pouquinho. 

Andar de bicicleta? Parece que vai chover amanha o dia inteiro, como eu.

Período, regra, menstruacao, chico, seja lá o nome que dao a esse tormento feminino que me parece mais a vinganca de um Deus arrependido por ter dado a mulher o dom da procriacao. E o pior é que dizem que mesmo qdo. nao há mais menstruacao vem  a menopausa, que causa um rebulico tao grande nos hormônios que algumas enlouquecem. 

Alguém tá precisando de um útero aí? Usado, mas em bom estado de conservacao, saudável e com garantia de no mínimo mais 5 anos de bom funcionamento. Interessados favor entrar em contato :-) 

Ah, pelo amor de Deus, para que eu quero descer.

Meninos, nao fiquem com medo, nesses dias eu nem saio de casa :-) 

Este é o primeiro Natal que o KOIZAS DE ALICE passa junto a você, espero passar muitos outros 'natais', sempre levando e lutando pela cultura e direitos LGBT.

Seja daqui do Rio de Janeiro, ou daí de São Paulo ou  qualquer outro estado ou país, nós somos iguais!
Iguais no sentido de querermos um mundo mais igual, sem esses preconceitos, sem essa homofobia que esta escancarada.
Iguais no sentido da pessoa que somos, com ambições e sonhos muito além de muita realidade.
Iguais no amor.
Iguais na solidariedade.
Iguais no viver, nessa vida que levamos, com muita luta, mas MUITA MESMO néh, e que no fim, somos guerreir@s e guerreios e vitoriosos. Merecemos os parabéns e toda felicidade, modéstia parte.

ENFIM, a vocês querid@s e queridos, gat@s e gatos e tão estimado leitor: FELIZ NATAL!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Por um Brasil livre da pobreza e da discriminação: promovendo a cidadania de LGBT











A 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de LGBT teve sua abertura na noite da quinta-feira 15. Com o tema “Por um Brasil livre da pobreza e da discriminação: promovendo a cidadania de LGBT”, o evento recebe, até o próximo domingo, debates que nortearão as futuras iniciativas federais à favor da causa LGBT
A solenidade de início dos trabalhos aconteceu na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC), em Brasília, e contou com a presença da ministra de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, do coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT na Câmara dos Deputados, deputado federal Jean Wyllys, do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que representou a presidente Dilma Vana Rousseff, e de outras autoridades e conselheiros.
A Delegação do Estado do Rio de Janeiro, se fez presente,e sempre atenta sendo direcionada e super bem conduzida por nosso estimado Superintendente Cláudio Nascimento.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Ayres Brito completou a mesa no meio da cerimônia. Ele, que foi relator da ação que reconheceu a união estável para casais do mesmo sexo, recebeu das mãos de Maria do Rosário o prêmio de Direitos Humanos, o que foi dado ao magistrado pelo Governo Federal na categoria Garantia dos Direitos da População de LGBT.
A ausência da presidenta Dilma Rousseff  não passou despercebida. Após a apresentação dos políticos que estariam na mesa, os militantes que lotavam o centro de eventos do CNTC cantavam : “Ô Dilma, que papelão. Não se governa com religião” e “Ô Dilma, pisou na bola. Homofobia continua na escola”.
Ponto negativo para a presidente e ponto positivo para o ex-mandatário. Lula recebeu palmas todas as vezes que teve seu nome citado. “É preciso que Dilma governe como Lula. Um homem que não teve medo de falar de programas para a comunidade LGBT”, disse Jovanna Baby, do segmento das travestis e transexuais.
O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais (ABGLT) Toni Reis, que recebeu vaias ao compor a mesa no início da cerimônia, também citou Lula. Ele lembrou da abertura da 1º Conferência Nacional LGBT realizada em 2008, quando o ex-presidente participou da solenidade ao lado de oito ministros do seu governo.
A ministra Maria do Rosário Nunes rebateu as críticas a Dilma Rousseff: “Estamos aqui para reconquistar a confiança e orientados pela presidenta para estar com vocês. A secretária quer entender o movimento, mas a secretária também precisa ser entendida por vocês”, disse.
Além da abertura dos trabalhos da Conferência, a solenidade serviu para os lançamentos da revista dos Direitos Humanos da População LGBT, produzida pela Secretaria de Direitos Humanos, e do comercial informativo contra homofobia, uma ação inédita do Governo Federal com a Rede Globo, PNUD e Unesco. O vídeo começa a ser veiculado em horário nobre no próximo sábado 17.
Continue acompanhando pelo Koizas de Alice todas as ações da 2° Conferência Nacional LGBT. 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Quando sair do Armário????

O mundo à tua volta, a TV, os filmes, as revistas e jornais,  te bombardeiam  permanentemente com imagens e estereótipos do casal perfeito, o homem e a mulher. A música que ouve é quase toda referente à paixão heterossexual. Se é homem os teus amigos só falam de mulheres, se é mulher as tuas amigas só falam de homens.Tudo isto torna difícil, e até doloroso,  se identificar na sociedade em que vives. Mesmo sabendo que ser homossexual ou bissexual é normal e tão saudável como ser heterossexual. Mesmo sabendo que leva tempo descobrir quem és e que tens o direito de te conhecer. Mesmo sabendo que não és únic@ nem está sozinh@, porque há centenas de milhares de pessoas que já passaram pelo mesmo.Chega uma altura em que todas as pessoas podem sentir-se apaixonadas ou atraídas por alguém do mesmo sexo. Não significa que  seja homo ou bissexual. Muitos homossexuais têm experiências sexuais com pessoas do sexo oposto e muitos heterossexuais têm essas experiências com pessoas do mesmo sexo. Uma pessoa não ativa sexualmente pode saber qual é a sua orientação sexual. A sexualidade humana desenvolve-se e define-se ao longo de muitos anos. Não se preocupe se não tem a certeza. São os teus sentimentos, emoções e atrações físicas que vão ajudar-lhe a ir definindo a sua orientação sexual.Quando decidir dizer às pessoas que é gay, lésbica ou bissexual diga  que está a  se assumir ou a assumir a tua orientação sexual . Assumir-se como gays, lésbicas ou bissexuais é algo muito importante. Se falar com algumas pessoas que tenham passado por este processo, verá que é uma das experiências mais marcantes das suas vidas e que é algo contínuo, que nunca está acabado.

Existem pessoas de orientação homossexual e bissexual em todo o lado. Simplesmente, a maior parte das vezes, não conseguem distinguir quem é ou não é. Mas ninguém sabe exatamente o que determina ou desencadeia os diferentes tipos de orientação na nossa expressão sexual. Muitos estudiosos pensam que é um produto complexo da genética, da biologia e de condicionantes psico-sociais.
De acordo com o psiquiatra Dr. Richard Pillard, a homo e bissexualidade existem em praticamente todas as espécies de animais. A homossexualidade faz tanto parte da natureza como a heterossexualidade. De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (AAP), não podemos escolher a nossa orientação sexual. Mas podemos optar por assumi-la perante nós próprios e a quem o dizer...


A Quem Dizer?

É vc quem decide a quem dizer. Não tem de dizer a ninguém, se não o desejar. Mas encobrir quem é pode dificultar as suas relações pessoais. Quando decidir dizer as pessoas que é gay, lésbica ou bissexual diga que está a  se assumir ou a assumir a tua orientação sexual .
Tente planejar as circunstâncias em que deseja assumir-se. A melhor coisa a fazer é falar com alguém em quem vc possa confiar: um amigo ou amiga, a tua mãe ou o teu pai, uma irmã ou irmão. ( isso dependera do grau de intimidade tenham)


1. Amigos
Preconceito e discriminação existem em todo o lado, para com todas as diferenças. As pessoas muitas vezes temem aquilo que não compreendem e podem acabar por odiar aquilo que temem. Esta é a base do preconceito a que se chama homofobia, quando está associado à homossexualidade.
Em geral @s jovens e @s amig@s reagem melhor às diferentes orientações sexuais do que as pessoas mais velhas, embora isto não seja uma regra. Conhecendo os seus amigos ou amigas sabe que os mais chegados te poderão apoiar. Alguns até poderão ter muito orgulho em te ter como amig@ e na tua coragem em assumires-te. Outros, se têm preconceitos acerca de pessoas homo ou bissexuais, poderão reagir mal e podes perder a sua amizade. Tem de estar preparad@ para tudo.


2. Família
Cada família é única. Só vc pode saber se a sua família está ou não preparada para saber da sua sexualidade. Há famílias que têm posturas homofóbicas e heterocentristas devido, por exemplo, à sua cultura, religião ou educação. Neste caso, pode ser difícil assumir-se, especialmente se está a viver na casa da sua família ou a ser mantido financeiramente.
Deve decidir quem da sua família te apoiaria e reagiria melhor. Podes até precisar de alguém que saiba guardar segredo. Na maioria das vezes, as mães são a melhor escolha, porque apesar de se poderem sentir chocadas no princípio, muitas vezes elas até já sabiam. O tempo também ajuda e se quem escolher reagir mal, pode ser que aceite melhor passado algum tempo.
Tens de ser paciente e deve evitar revelar a sua orientação sexual num momento de raiva ou descontrole emocional. Pode procurar livros que ajudem a sua família a compreender quem vc é . Lembre-se que a maior parte das pessoas tem dificuldade em pensar ou falar dos seus próprios sentimentos e atrações sexuais. Talvez precisem de aprender com a sua experiência.
A maioria dos pais pensam que entendem os seus filhos ou filhas desde o dia em que nasceram. Ao assumir-se podem sentir que te perderam ou que vc se transformou numa pessoa diferente que não reconhecem. O mais provável é que este sentimento de perda seja temporário: pode demorar alguns meses, alguns anos, mas também pode nunca vir a desaparecer.


3. Escola
Se ainda está a estudar, talvez saiba como as pessoas que te rodeiam pensam dos gays, lésbicas ou bissexuais, pelo que conversam entre si. Mais uma vez, só vc podera saber até que ponto vc sente-se seguro em dizer aos outros. 
Se vc assumir na escola e tentarem fazer a sua vida um inferno ou te magoarem, fale imediatamente com um/a professor/a ou psicológ@. Tens o direito a uma educação sem assédio nem preconceitos e é dever da escola proteger-lhe e apoiar-te.
Assumir quem é vai requerer muita coragem, paciência e força de vontade da sua parte. Mas é muito mais fácil aproximar-se das pessoas de quem vc gosta  e que gostem de vc, quando sentir que não tem nada a esconder e quando vc  sentir-se em Paz com vc mesma.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Por uma Vida sem Preconceito

Uma belíssima jovem é excluída do convívio com a família e é isolada em uma casa na Região Serrana do Rio de Janeiro. Seus planos são interrompidos: o noivado, os estudos, a vida social. Ela tem tuberculose, e no fim do século 19 e início do século 20 esse era o único tratamento possível, ar puro e isolamento. Os portadores da doença eram estigmatizados socialmente, não podiam conviver com pessoas saudáveis e a sobrevivência era determinada por fatores desconhecidos. E esse medo do desconhecido causava pânico nas pessoas saudáveis que viam na doença um estigma social. Essa é a sinopse do famoso livro Floradas na Serra, imortalizado no cinema e no teatro pela atriz Cacilda Becker.
Agora, caro leitor, você pode reler o primeiro parágrafo trocando a palavra tuberculose por outra doença a sua escolha.
Ao longo da história a hanseníase e o câncer já estiveram no topo dentre as doenças que marcam a fogo seus portadores: não apenas uma bactéria, um bacilo, ou um vírus. Tuberculosos eram boêmios, deprimidos, criaturas noturnas que entregavam sua vida à “melancolia pulmonar”, os abrigos de “leprosos” persistiram no Brasil até meados do século 20, eram intocáveis e muitos os consideravam os doentes amaldiçoados. Não precisamos nem contar quantas vezes ouvimos que tal pessoa “fez um câncer”, “engoliu muito sapo” e acabou “transformando a mágoa em doença”. E com os portadores do HIV não é diferente nos dias de hoje.
 
Imagem: Campanha de Carnaval 2011 do Ministério da Saúde. Direcionada às mulheres na faixa etária de 15 a 24 anos, das classes C, D e E.
Infelizmente ainda não aprendemos a separar fatalidade de julgamento moral, imponderável de preconceito. Num passado não muito distante ainda se falava de grupos de risco para falar das pessoas infectadas pelo HIV. Era como se um selo fosse colado na comunidade homossexual, nos usuários de drogas, nas prostitutas e até nos hemofílicos que faziam regularmente transfusões de sangue.
A classificação em grupos de risco além de marginalizar ainda mais os marginalizados serviu para criar uma aura intocável nos famosos “cidadãos de bem”. Se você não sai transando por aí, ou tendo comportamentos socialmente condenáveis, fique tranquilo, está a salvo, jamais a Aids chegará perto de você. Basta você ficar bem longe desses “aidéticos”. E isso fez com que a epidemia se tornasse silenciosa. O estigma social fez com que muitas pessoas abrissem mão da prevenção, achando que estavam imunes.
O resultado é que anos depois da descoberta do vírus, a epidemia de AIDS está longe de ser controlada, e hoje ela atinge todas as camadas da população; se tornou democrática, atingindo diversas classes sociais e orientações sexuais. E o dado mais contundente sobre a AIDS nos últimos anos é que a epidemia avança de forma muito mais arrasadora entre as mulheres.
Os dados são do Boletim Epidemológico de 2005.  De 1994 a 2004, o número de casos aumentou 175%, enquanto o crescimento em homens ficou em 29%; o índice aumenta em mulheres de todas as faixas etárias, exceto entre mulheres jovens de 13 a 24 anos.
 
Logo da Campanha Laço Vermelho promovida pela UNAIDS - Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS
Especialistas apontam na resistência de homens e mulheres em relações estáveis exigirem o uso de preservativo. A pressuposta monogamia e a baixa auto estima fazem com que a prevenção seja deixada de lado. Mulheres acima de cinquenta anos não fizeram parte de uma geração acostumada com a liberdade sexual nem conviviam com o fantasma da doença no início de suas vidas sexuais. Muitas estão recomeçando uma vida sexual com um novo parceiro e não acostumadas as novas regras do jogo sexual acabam achando que a confiança na relação basta para protegê-las.
É sempre bom lembrar que o comportamento de risco não escolhe credo, cor, raça. É repetitivo bater nessa tecla, mas no Brasil 95% das contaminações acontecem via sexual e a única maneira de se proteger é usando camisinha. É sempre bom lembrar que apesar do coquetel aumentar a qualidade de vida, a AIDS ainda não tem cura. É sempre bom lembrar que a epidemia de AIDS é uma realidade, é presente no nosso dia a dia, que cara de saudável não garante nada. É sempre bom lembrar dessas coisas que nós fazemos questão de esquecer tão convenientemente: o HIV não é coisa do outro, do diferente. É coisa do próximo, de quem amamos, respeitamos, de quem está do nosso lado no metrô, no trabalho, em casa, na vida.
Nesse dia primeiro de dezembro, vamos lembrar do óbvio, que o laço vermelho não simboliza apenas a luta de combate à AIDS, mas é também a luta pela vida e contra uma doença muito mais perigosa, letal e difícil de combater: o preconceito.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Palavras doem....


Relacionamento amoroso nunca é igual...
Quando mais você conhece pessoas,mais descobre que a /o nossa/o parceira/o é diferente do outro.
Amores que duram, amores que vem e vão,ciumentos,amorosos,estúpidos,incessíveis,infiéis,são diversas formas de amar e sofrer.
Sofrer faz parte do amor, esse sentimento que invade o coração,que muitas vezes nos trás muita felicidade,e magoa...
A palavra tem poder,quando o nosso amor fala coisas que nos magoam e machucam e por vezes nos fazem morreu aos poucos ,o amor que existia por ela/e  pode ate acabar!
Mais para quem fala coisas que nos magoam,não sente nada mais quem ouvi machuca muito.
Precisamos pensar antes de magoar nosso amor,ela/a pode nunca mais voltar para você.
È bem melhor do que sentir a sensação de perda!
Perder um grande amor,são para pessoas imaturas,pessoas que não vivenciaram verdadeiramente o amor.pessoas que acham que so pelo fato de se estar junto é demonstração de amor
Pois quem ama de verdade jamais fala coisas para machucar.
Podem ate brigar,mais são apenas brigas!!!
Quem ama de verdade fala palavras de amor verdadeiro.
Amor que esta difícil de encontrar....Amor que cada pessoa dá de acordo com suas limitações e não como a outra pessoa quer.
Amor que um dia sei que vou encontrar....

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Espancamento é caso de polícia e não de oração.

 

  • 11
     
Mulheres cristãs que são vítimas de violência doméstica, orar ou denunciar?
Os casos de mulheres evangélicas que são agredidas pelos maridos, sendo estes convertidos ou não ao evangelho, viraram motivo de debate no meio cristão. Informações de autoridades públicas apontam que as mulheres que resolvem deixar as orientações religiosas de lado e resolvem denunciar os companheiros, afirmam que os líderes de igrejas são omissos.
Uma mulher que sofre agressão doméstica deve procurar a polícia. “Não basta ensinar uma mulher a orar pela conversão do marido que a espanca.Espancamento é caso de polícia e não de oração. Os líderes devem ser mais ativos, se intrometer, no bom sentido, na vida do casal que tem problemas. Dar conselhos, orar e não fazer nada não resolve”, 
Segundo alguns pastores, acreditam que o outro lado da história, o homem, deve ser ouvido, pois muitas vezes, a agressão ocorre por causa de provocações: “no aconselhamento pastoral, os lideres sempre colocam que a mulher é cauda e não a cabeça, e isso faz com que elas perdoem muita coisa .  Eles quase sempre colocam que as  vezes, a mulher tem a sua parcela de culpa nos casos de violência, porque provoca o marido.E condicionam que antes de fazerem a denuncia, devem buscar aconselhamento pastoral.
Colocam que a  Lei Maria da Penha  veio para separar os casais da Igreja.
O que eu Luto e Reluto, pois na verdade o seu  propósito é dar à mulher agredida o direito a uma vida a dois cercada de respeito, carinho, cuidado, e amor. Nisto a lei reforça um desejo que surgiu no Éden, de que ambos fossem uma só carne.   os evangélicos , ou Pseudo evangélicos devem posicionar-se contra a invasão da violência nos lares”.
 “Penso que o papel dos pastores é de orientação nos relacionamentos. Isso não quer dizer que a orientação seja dizer à irmã em Cristo que ela deve orar e que tudo vai passar ou que se ela está sofrendo a violência é porque Deus permitiu. Creio que Ele não está em um lar com violência. Portanto, devemos sempre orar, mas tomar uma atitude de buscar ajuda, indo à Delegacia de Polícia e registrando o fato como crime”
A  violência doméstica contra a mulher sendo  um crime, a igreja não apoia essa mulher que foi violentada e  não existe um consenso quando o divórcio é uma opção considerada pela agredida. “ Alegando que só há respaldo bíblico para o divórcio em duas situações: infidelidade e abandono. Qualquer outra razão não tem. E ainda , sugerem que ela monte um grupo de oração com mulheres, para pedir a Deus que mude o coração do seu marido. Ele tem poder para fazer isso”.Gente,  eu rebato,  o divórcio não é um pecado sem : “Não acredito que Deus tenha nos chamado a viver em violência, com risco de vida, simplesmente para evitarmos um divórcio. Afinal, o divórcio não é o pecado sem perdão”.
Os  pastores que imputam a mulher viver sob medo e violência, defendem que nesses casos não deve ser pelos princípios da Lei Maria da Penha. “Não pode haver nenhuma lei que seja maior do que a mensagem da Cruz, de que todos somos remidos pelo sangue do Cristo e vivemos pela Graça. Não é a Lei Maria da Penha que deve despertar a necessidade de apoiar a mulher vítima de violência, e sim a mensagem da Cruz pregada por homens e mulheres submissos à vontade de Deus. 
Usam os versículos bíblicos que tratam da relação entre marido e mulher ,  indicam um caminho de respeito e amor, embora orientem que a mulher seja submissa a seu marido: “Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela” (Efésios 5:22, 23 e 25). Um outro versículo que aborda o assunto sugere que os maridos respeitem suas esposas e as tratem com dignidade: “Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações” (1 Pedro 3:7).
Eu como ativista dos direitos da mulher digo às mulheres que nunca se calem frente a Violência Doméstica, segundo a Bíblia , não fomos tiradas do pé para não andar abaixo mais sim da costela para que andemos lado a lado dos homens   “.Deus  espera de nós atitude e oração. Orar+ação=oração”
Não se calem....Denunciem sim ....
Não em Gabinetes Pastorais, mas em Delegacias Especializadas CRIADAS PARA NÓS MULHERES !!!!!
OU ENTÃO LIGUEM ....180

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A vida tem que prosseguir neh ...

Terminar um relacionamento é um saco. Vou repetir isso uma porção de vezes até me conformar ou descobrir o motivo pelo qual as pessoas têm que passar por isso. Mas, tirando do que já vi e já vivi, dá pra ver que todo final, todo luto, passa por algumas fases. Elas não acontecem necessariamente em uma ordem, e podem acontecer todas juntas. Às vezes leva-se anos para passar por todas ( ou pelo menos a maioria delas ). Às vezes leva-se alguns poucos dias. Não importa, de todo jeito… Tudo isso é um saco. Saco.
1 – CHOQUE ( Ou, “Hã?” )
É quando acontece. Ponto final, acabou. Não deu tempo de perceber nem pensar em nada ainda, só se percebe a realidade. Dessa vez, foi. Caiu no chão, quebrou, já era. Não importa quem entrou com o pé e quem entrou com a bunda. Tão pouco importa o motivo ( desamor, traição, tédio, medo, ciúme, atormentações em geral, Você não reage, não respira, não entende, não consegue pensar. É como se a vida se suspendesse por um momento, fazendo você se debater no ar sem conseguir pisar no chão. É um saco. Mas passa logo.
2 – DOR ( Ou, “Vou morrer disso” )
As horas passam aos pouquinhos. Os dias vão vindo. E você se dá conta que não é mesmo só mais uma briga. Acabou. Sua vida vai seguir e aquela pessoa não vai mais estar por perto. E aí começa a doer. Às vezes, dói no dedinho mindinho do pé; outras, dói o corpo todo. A cabeça, o peito, o coração. Você fica gripada, não quer dormir, não quer comer, só chora e fica ouvindo músicas que falam de amores perdidos. As pessoas se preocupam com você, mas nada te consola e nem te anima. Você tem certeza que nunca vai superar aquilo. Mas, sendo uma pessoa normal, você vai superar. Só que até lá… É um saco.
3 – RAIVA ( Ou, “Que vá queimar no mármore do inferno”)
Aqui, você começa a ter raiva, ódio, nojo da pessoa. É a hora de pegar um saco de lixo e fazer uma limpeza – rasgar fotos e cartas, Você , diz pra todo mundo que não quer ver mais.  Você jura que odeia essa pessoa do fundo do coração. Mas não odeia não. E é um saco perceber isso.
4 – RACIONALIZAÇÃO ( Ou, “Eu nem queria mesmo.” )
É a hora de se acalmar. Você procura mantras, textos de apoio, psicólogos, os amigos. Todos dizem o mesmo, que você é linda, maravilhosa, e logo vai achar uma outra pessoa… Que nada acontece por acaso, que foi melhor assim, etc. E você vai repetindo todas essas frases lindas e fingindo acreditar. Você racionaliza, explica o seu romance todo e as razões e desrazões de tudo ter começado ou acabado. E, durante um tempo, isso funciona muito bem. Você parece pronta pra seguir sua vida sem pensar na pessoa, desejando  um caminho de luz. Mas só parece. Saco.
5 – VINGANÇA ( Ou, “vc me paga.” )
Aqui, é uma recaída da fase da raiva. Só que agora, você acha que só conseguirá purgar seu ódio se fizer  te pagar com juros os preciosos momentos que você perdeu com a pessoa. Você traça planos mirabolantes. Procura essas mulheres que fazem feitiços na boca do sapo. Dá telefonemas anônimos pra família e . Arruma um outra pessoa só pra passar na frente  e fazer o maior farol.. Mas aos poucos você percebe que isso não adianta nada, que saco.
6 – GALINHAGEM ( Ou, “Estou em outra, quer ver?” )
Ora, mas pra que tanto desespero? Existem muitas outras pessoas por aí. E então você começa a sair.  Faz loucuras que nunca fez, chuta o pau da barraca, e não sente a menor culpa. Afinal, você não quer mais se envolver, e diz que está numa fase descolada. Só que em cada boca, em cada abraço, em cada cheiro, é na criatura  que você pensa, e de repente você vê que só lotou a sua agenda  um monte de pessoas que não passam de alguém pra você achar que é um saco no dia seguinte. Ai.
7 – DESPREZO ( Ou, “Nem ligo”)
É a hora de fazer força para esquecer. Você entende que essa adrenalina toda não faz bem pra alma e nem pra pele, e decide sossegar. Simples. Só não pensar. Ignora totalmente a existência. Nem enxerga mais. Esquece do número de telefone. Arquiva tudo que se escreveram e se deram numa caixa, lacra e coloca no fundo do armário. Pronto. Tudo enterrado. Mas o defunto logo começa a arranhar o caixão querendo sair. E sai. Saco.
8 – VAZIO ( Ou, “…” )
Saco.
9 – RECAÍDA ( Ou, “Vai ver que não é bem assim…” )
De repente, um telefonema… Um encontro marcado, ou casual… Uma conversa amigável em nome dos bons tempos. E você pensa, “puxa, podemos ser civilizados… Por que não?” E então vocês começam a se ligar, a se falar, a se encontrar. E de repente, estão falando do passado, lembrando coisas, rindo juntos. E mais de repente ainda, a criatura passa a mão no seu cabelo, te olha fundo e te beija. E você pensa, “por que não podemos ficar? Só um pouquinho… Não tem problema.” Mas tem problema sim. O problema é que, depois de uma recaída, o seu saco fica cheio como nunca.
10 – O NOVO NAMORADO ( Ou, “Pra esquecer um amor antigo, só um novo amor.” )
É isso que todo mundo diz. Que a dor de amor se cura com outro amor. E você, tolinha… Acredita nessa bobagem e arruma uma outra pessoa. Pode ser uma outra pessoa mesmo, oficial, com carteira assinada. Ou outra por quem você acha que se apaixonou. E com o tempo, você se pega pensando no passado, e fazendo mil comparações. A outra pessoa, mesmo longe, parece muito melhor. E então você entende que, mesmo sendo um saco aceitar isso, ninguém substitui ninguém. E que as situações mal resolvidas só podem deixar de ser mal resolvidas de uma maneira: sendo resolvidas. E então manda o novo amor embora de dentro de você tão rápido quando chegou.
11 – SAUDADE ( Ou, “Ai…” )
É a hora de encarar que saudade dói. E mesmo sendo um saco… É preciso sentí-la, até esgotá-la, mesmo que você se esgote com ela. É quando você deixa de resistir pra curtir essa dor até o fim. E, geralmente é quando caem todas as fichas.
10 – SUPERAÇÃO ( Ou, “Bola pra frente” )
O tempo passa, passa, passa. As coisas se acomodam. Aos poucos, você vai deixando a idéia fixa de lado. Começa realmente a ver o lado positivo das coisas. Começa a se desligar. E quando você vê… A pessoa está longe dos olhos e do coração. E vira uma lembrança gostosa de lembrar e reviver. De repente, você pode até virar amiga da  criatura. A doença já curou. Passou. Vem aquela vontade de cuidar de você mesma, de ficar só e de sentir aquela solidão que não é triste, apenas necessária pra recomeçar. E o seu saco esvazia, ficando pronto pra começar a encher de novo com  uma  próxima pessoa. Afinal, como se diz por aí… A fila tem que andar.
E ainda bem que anda mesmo.
***