quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Relacionamentos X Mentiras


Não dá para conviver com o fantasma da desconfiança
Por mais que a gente acredite que não vai fazer mal contar uma mentirinha para o(a) parceiro(a), uma coisa é certa: a mentira tem pernas curtas. Não existe mentira positiva. Todas são negativas e têm poder suficiente para acabar com qualquer relacionamento, já que a base mais sólida das relações humanas é a confiança. “A pior coisa que existe é uma pessoa descobrir que foi enganada. Por isso, mesmo que a verdade seja dolorosa, é melhor optar por ela”, E se você não for capaz de fazer isso, assuma seu erro o mais depressa possível, diga que mentiu, porque assim sua chance de ser perdoado(a) é maior. É mais fácil perdoar uma fraqueza momentânea do que uma mentira. E também é mais fácil perdoar o(a) mentiroso(a) que assume a sua fraqueza do que perdoá-lo(a) quando sabemos da mentira através de outra pessoa”. O fato é que o relacionamento deixa de ser saudável no momento em que a mentira entra em cena. A partir daí, quem mente passa a conviver com dois fantasmas: o da mentira e o do medo de ser desmascarado(a). Talvez, por isso mesmo, muita gente começa a acreditar na própria mentira: é como se, assim, pudesse se defender. Se for descoberto(a), o único caminho é assumir que errou, que foi covarde. “Bater o pé e persistir na mentira só vai piorar as coisas”. Como a mentira interfere na relação amorosa? Danos irreversíveis, porque o amor saudável se baseia, principalmente, na confiança entre os parceiros. Sem confiança, não há tranqüilidade e o amor não se desenvolve. “Quando um parceiro perde a confiança no outro, o relacionamento acaba”. É preciso lembrar também o quanto é dolorosa a sensação de sentir-se traído(a). A pessoa que mente dificilmente é perdoada e o parceiro(a) enganado passa a desconhecer e a questionar quem é aquela pessoa. E o que é mais devastador: ao tomar conhecimento da mentira, o(a) parceiro(a) passa a acreditar que todo o relacionamento é uma grande mentira.
Veja os efeitos devastadores que a mentira causa à relação:
Decepção – a descoberta de que o(a) parceiro(a) não era exatamente quem a gente pensava que fosse.
Sentimento de fracasso – por ter cometido ume erro de avaliação e ter se apaixonado por alguém que não é confiável.
Desconfiança – incapacidade de continuar apostando na relação.
Ressentimento/mágoa – por se sentir desconsiderada(o) não importante, desrespeitada(o).
Desrespeito – o parceiro(a) enganado(a), insconscientemente, se vinga do mentiroso.
Desinteresse – o enganado passa a ver o mentiroso como uma farsa.
Ruptura – o amor não resiste muito tempo, e mesmo que o sexo seja maravilhoso, também passa a ser questionado como possível encenação.
Afinal de contas porque Mentir ou Trair?????
Pensem nisso antes de causarem uma dor irreparável

domingo, 12 de agosto de 2012

A Trilogia - Vilões do Relacionamento - Parte 3ª -Jogos de Poder


“Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta deamor. Um é a sombra do outro.”  - Carl Gustav Jung
Nascemos submetidos pelos adultos e morremos submetidos pelo corpo cansado.
Entre um evento e outro brigamos por submeter algo ou alguém. É assim que a vida acontece.
                  assim que sentimos pela vida toda !
Não gostamos de admitir, mas a verdade é que o poder nos fascina.
O poder enquanto relação de hierarquia sempre está presente, goste ou não.
Sempre haverá alguém mais culto, inteligente, bonito, simpático, esperto e sociável que você. A voz de comando sempre pertece àquele que domina uma habilidade ou tem um atributo valorizado socialmente.
Mesmo quando uma pessoa abdica de algum poder ela busca o poder de saber que não se submete.

Relacionamento amoroso

Existe um tecido delicado de forças num relacionamento amoroso. Enquanto há recompensa de poder a relação perdura. É como se houvesse uma balança que equilibra os créditos e os débitos emocionais.
Se você sente que fez algo para o relacionamento de modo “desinteressado” inconscientemente está em crédito emocional. Quando a pessoa retribui essa balança se equilibra de novo.
Uma mulher que se submete a um marido alcóolatra por muitos anos certamente sente o poder de ser alguém que luta pela família. É comum as esposas de ex-alcoolistas adotarem uma postura maternal com outras pessoas que não o marido. É um prazer secreto por se sentir superior ao marido “bebum”.
Mesmo quando submetida a pessoa busca o poder na sensação de resistência e lealdade àlguma causa.

Os disfarces de poder

A sensação de muitas pessoas boas pode ser fruto de uma sede de poder. Querem ser as mais caridosas a ponto de recusarem elogios e se assumirem incapazes de tanto. O poder de ser moralmente superior. É comum os bondosos permanecerem ressentidos daquilo que tem que abrir mão em favor do bem.
As mentiras que contamos diariamente são tentativas de sustentar nossa sede de poder. Mentimos para simular um bem-estar e boas relações com o intuito de ficar por cima.
Traduzo autoestima como o desejo de se sentir importante aos olhos dos outros. Quem sente a baixa autoestima é porque não conseguiu se sentir importante para alguém.
As amizades podem ser palcos para disputa de poder. Alguém da turma é sempre elegido como a vítima e os demais seguem como  alfa.

 Os meios

A questão é que o relacionamento amoroso será um palco de competição. É um comércio de amor. Um tentando dominar as vontades do outro. É nesse jogo que a maior parte dos relacionamentos estaciona.
Disputam atenção, risos, convites, olhares e admirações que trazem aquela sensação de bem-estar.
Brigas de casal
Veja como isso é desastroso numa relação amorosa, pois ao sustentar o poder pessoal o casal perde a medida do compartilhamento. Inconscientemente vêem o parceiro como um oponente, alguém que atrapalha sua felicidade. 

Mais brigas.

Já notou numa discussão que ambos querem ter a razão? Não é a razão ou respeito que buscam, mas a posição de superioridade.
As brigas são resultados dessas disputas de poder. O casal com o tempo fica testando um ao outro em sua capacidade de amor. Quem demonstra mais está por cima e o outro vai ficando amorosamente humilhado. Para recuperar a sensação de poder aquele que está por “baixo” pode reconhecer com gratidão aquilo que recebeu ou pode atacar o outro a fim de que desça também. O ciclo é interminável.

Términos de relacionamento

Quem é deixado perde o poder, quem deixa ganha. Quem foi deixado dirá muitas coisas para superar sua queda. Tentará encontrar mil explicações para amenizar a sensação terrível de ouvir “não gosto mais de você!”. E novamente tentará superar (tradução = ficar por cima) o término do relacionamento.
O que nos causa dor é ter a sensação do ego massacrado e sem perspectivas de algo mudar.
Por essa razão é tão difícil assumir que perdeu um relacionamento.

A recusa do poder

Para quebrar esse ciclo é essencial meditar sobre o quanto de autoimportância você quer dar numa relação. Você quer ser feliz com alguém ou provar que ninguém domina você? Quer ter o controle ou ser surpreendido pela vida? O amor, enquanto abertura para novas movimentações emocionais, fica bloqueado quando poder entra em ação, daí a dificuldade de simplesmente amar.

sábado, 11 de agosto de 2012

A Trilogia - Vilões do Relacionamento -Parte 2º Apego



Falei sobre a carência e como ela corroi os relacionamento.


Apegado? Eu?
O apego nasce do desejo de que as coisas fiquem sobre nosso controle. É uma vontade de que tudo permaneça imóvel, como está, sem alterações ou movimentos imprevisíveis.

Origem

Há um processo natural de desmame que a criança vai lentamente se desapegando do corpo da mãe e criando a representação psíquica dela.
Depois a criança usa o paninho, o travesseiro e começa a se relacionar com o mundode forma ampla expandindo o símbolo da mãe.
No entanto, esse desmane pode não acontecer de forma tão saudável quanto gostaríamos, normalmente não é. No meio do caminho acontecem falhas mais graves, ações menos intensas, descuidos e acidentes.
A capacidade da criança de se desligar de algo com segurança fica abalada.Essa repercussão pode se arrastar por uma vida inteira.
O apego é inabilidade de deixar que o fluxo natural da vida aconteça.

Desafio

Faça um exercício: você seria capaz de partir agora mesmo e ir para um lugar absolutamente estranho?
Esse pequeno treino mental é o suficiente para você identificar no que é apegado.
A segurança que buscamos em nossas emoções direciona a qualidade da vida que levaremos. Quanto maior a sede por segurança, estabilidade e previsibilidade maior o nível de sofrimento.

Nos relacionamentos

Quando você se apega à pessoa que ama, na realidade está apegado ao conforto que a presença dela causa em você. Você está condicionado à sensação de constância e continuidade que a imagem da pessoa amada provoca. Quando ela muda algum comportamento habitual ou rompe a relação a grande ferida é naquele tecido sutil que compõe nosso psiquismo.
O desespero de um rompimento é por conta da quebra interna da segurança que investimos por muito tempo.
 frase já revela um engano crucial. A pessoa já vivia sem ele, antes que o encontrasse, vai sobreviver depois. O que ela não vive é sem a sensação de aparente segurança e poder que o apego provoca.
Ela precisa ampliar o direcionamento de seus interesses para além da fixação que criou em torno de uma pessoa. É um processo que parece doloroso exatamente pelo vício emocional da pessoa apegada.

Na vida

O apego é a resistência à mudança e vida é movimento contínuo. O apego é uma postura psicológica que impede a vida de prosseguir. A pessoa apegada tenta interromper o fluxo natural dos acontecimentos tentando impedir que o tempo passe, as coisas se alterem e as pessoas mudem.
A pessoa apegada de tão possessiva nem percebe que ela própria está privada de liberdade.
O apego é a ansia por congelar a realidade, manter cada coisa como se fosse a mesma. Mas como paralisar pensamentos, sentimentos e pessoas para que não mude? Como deter a passagem do tempo incessantemente?

Mudança

O não-apego é um treino mental continuado. Algumas pessoas confundem desapego com não-envolvimento. Para se desapegar é necessário o envolvimento. No entanto, para evitar a sensação de colapso de seu sentimento de estabilidade a pessoa evita qualquer tipo de envolvimento. A frieza emocional não poupa ninguém, apenas adia o problema. A pessoa fria está apegada na imagem de desapego, é só uma outra forma de fixação mental.

 Exercício

Faça um exercício mental diário. Se desfaça de pequenas ideias que você acha que definem você. Quetione suas caraterísticas mais singulares? Reflita sobre como seria ter uma outra realidade que não essa. Faça um treino para a morte, o desapego final! Pense na sua vida cabendo em apenas uma mala de viagem, o que colocaria ali?
Essa série de 3 posts tem o objetivo de falar de 3 vilões de relacionamentos amorosos. Ontem falei de carência, amanhã falarei sobre o poder.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A Trilogia - Vilões do Relacionamento -Parte 1ª Carência


Nascemos desprotegidos, vulneráveis, passivos e carentes. Dependendo de como essa vida foi levada à diante essa é a fórmula perfeita para um desastre a longo prazo.
Insaciável
Somos seres necessitados! Necessitamos de água, comida, sol, pessoas, amor, lazer, trabalho, sexo, crescimento e sentido de vida. Buscamos atender nossas necessidades a todo momento.
A maneira que atendemos as necessidades determina o modo como viveremos pela vida toda. Podemos cultivar uma mente insaciável, voraz e exigente em relação às vontades.
A fome é uma necessidade básica, isso não quer dizer que você deva atendê-la sem critério, direcionamento e parada. Para atendê-la você pode escolher um cardápio saudável, preparar sua comida, convidar alguém para compartilhar do alimento e se saciar com uma quantidade razoável.
Mas além da fome queremos matar a carência.

A origem

A carência é uma ilusão emocional que criamos na tentativa de compensar uma “falta” que tivemos ao longo da vida. Atribuimos essa falta aos pais. Lamentamos que eles não deram tudo aquilo que gostaríamos.
Para o insatisfeito sempre houve menos amor, atenção, tempo e incentivo do que gostaria. Carência emocional é essa reivindicação não atendida dos pais.
Se parasse por aí seria bom, o problema é que continuamos a exigir atenção exclusiva, intensa e constante de tudo o que transita ao nosso redor.
Bebemos agua do mar e quanto mais bebemos maior a sede.
Exigimos algo de outra ordem que nada tem a ver com o momento presente.

Escravidão

O carente é escravo de receber. Só receber.
A pessoa carente entra numa relação amorosa esperando receber do outro tudo aquilo que fantasia merecer. Sente-se no direito de ser recompensada por cada gesto, afago ou elogio que dá. Na realidade é uma falsa doadora, espera receber na mesma moeda e com juros.
A pessoa carente se mostra frágil e dependente de atenção e provoca a sensação de que por mais que receba nada basta ou é suficiente.

No relacionamento amoroso

Essa base de relação é a maior causa de desastres emocionais, pois a carência é mãe do ciúmes, da inveja, das exigências sem sentido, das brigas por atenção exclusiva, do tédio e do sentimento de insuficiência de uma relação.
Depois de um tempo de relacionamento nada que o outro faça é o suficiente, o nível de exigência vai aumentando e criando uma demanda insustentável. O carente exige mais e mais, votos de compromisso, lealdade, integridade, exclusividade e tentar manter a pessoa amada numa redoma de vidro.
O carente faz isso nos relacionamentos e na vida, pois nem percebe que sempre está tentando cativar a atenção dos outros.
Pessoas exibidas são carentes, os barraqueiros igualmente, os pegajososjá são conhecidos, mas as pessoas frias também (quanto maior a carência maior a proteção numa casca de autossuficiência).

Maneira que vê o mundo

A pessoa carente sempre tem um pensamento de escassez. Tudo pode acabar a qualquer momento, está sempre mesquinhando emoções. Grita em seus pensamentos que algo desastroso vai acontecer. Por isso pode se transformar em possessiva daqueles que agarram você de fato e aqueles que usam de artimanhas emocionais para manter você numa teia psicológica.

O que seria uma pessoa não carente?

Seria alguém que não responsabiliza alguém ou uma situação para abastecer suas necessidades. Ao inves de pedir ou receber algo ela possibilita experiências em conjunto. Sabe que a vida não acontece quando você recebe mas quando você possibilita um espaço em que algo produtivo aconteça. A pessoa não-carente proporciona um espaço como alguém que abre uma roda de dança para que cada um se manifeste livre, sem exigências, pressão ou formato definido.
A base da não-carência é a generosidade desprendida. Se quer deixar de ser carente ofereça algo de si para alguém livre dos resultados.
Essa série de 3 posts tem o objetivo de falar de 3 vilões de relacionamentos amorosos. Amanhã falarei sobre o apego e depois sobre o poder.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Quando vira Nó


Reprimir, impedir de desenvolver-se, sufocar uma revolta... Será que uma pessoa tem esse direito sobre o outro? Será que se pode cobrar do outro meus próprios sentimentos de insegurança e carência?
Claro que a resposta é não. Mas muitos se acham com esse direito, sem se dar conta de que a “relação esta subindo no telhado”, vestem a máscara de bonzinhos, fazendo tudo em nome do bem estar do “outro”. Querer proteger, cuidar, dar presentes em nome dessa proteção, que no fundo se torna uma arma para chantagear e manter o outro nessa bolha de sufocamento. É a cobrança pelos “bons gestos” prestados.
E a teia vai crescendo, o outro achando o máximo no começo ter alguém que cuide, que dê atenção, que proteja, aos poucos começa a perder sua própria identidade, pois substitui pelos sonhos, projetos e decisões do outro.
O Sufocador (a) , continua a não se dar conta do prejuízo que causa a si mesmo, pois acabará ficando só, seu ego não permite ver que o mundo não gira em torno do seu umbigo. Muito menos percebe o tamanho de sua insegurança disfarçada em autoritarismo, imposição e agressividade a cada vontade do outro de criar asas, de ter um sonho ou espaço individual.
Encontrei em um fórum o claro exemplo do sufocador em ação:
"Mulheres me ajudem, como faço para não sufocar a minha namorada? Como fazer ela sentir a minha falta?
Gente, gosto de ligar toda hora, de passar mensagens, de dengar, de falar que a amo muito toda vez que ligo, em fim, passo para ela toda hora segurança e tem algumas vezes que eu não sou correspondido do jeito que eu espero, como fazer para ela sentir a minha falta e fazer tudo que eu faço pra ela?"
Observem que ao mesmo tempo que há um pedido de ajuda para mudar, logo adiante ele faz a cobrança pelos “bons gestos” ao dizer que não é correspondido do jeito que espera, e quer de volta tudo que faz por ela. Quem faz algo para o outro esperando receber em troca, esta se relacionando de forma equivocada! Por que ao invés de fazer pelo outro esperando retribuição, não faz diretamente para sí mesmo? Então devo maltratar, ignorar ou desdenhar minha parceira? Não. Estamos falando em equilíbrio, em sensatez, em pensar em seus próprios sentimentos e saber que cada um é responsável por si mesmo. Em não ficar esperando que o outro seja responsável em dar-lhe algo que sente falta.
Pensar que nunca será traído é um bom motivo que o sufocador (a)  também encontrou para pensar que consegue controlar o mundo do seu relacionamento. Ligar insistentemente, mandar mensagens, disponibilizar alguém para controlar em seu lugar, conversar com parentes, amigos, vigiar Orkut, MSN, email, Twitter, Celular... É mesmo uma forma de cuidar? O sufocador (a)  vestiu uma armadura falsa para que nada atinja quem cuida, nada o atinja, mal sabendo que seu pior inimigo esta dentro da propria armadura. 
Porque a ilusão de que o parceiro (a)  deva ficar sob nossa supervisão nos dá a sensação equivocada de segurança... mas enquanto tentamos vigiá-lo (a), perdemos também a nós mesmos, desviamo-nos de nosso próprio caminho para seguir um caminho que não existe, que não é o nosso e também não é o da pessoa amada” E ainda mais Porque definitivamente, pressões e cobranças não são garantia de fidelidade. Nunca foram, mas atualmente, atitudes como estas parecem estar garantindo bem mais o exato oposto, ou seja, que haja menos tolerância e disponibilidade para fazer dar certo, que a relação acabe mais rapidamente ou que sobreviva permanentemente doente...
Infelizmente, muitas vezes nos damos conta do quanto estávamos perdidos dentro de um relacionamento e o quanto estávamos transferindo nossas neuroses e inseguranças somente quando perdemos um grande amor! 
Precisa acrescentar mais alguma coisa depois disso? Quer ver outro exemplo de sufocamento pelo lado do sufocado: Veja:
O que fazer com um ser grudento? Não  aguento mais.  
E geralmente o sufocador (a) não escuta mesmo. Persiste na idéia fantasiosa de que faz o bem, e o malvado é quem quer dizer que ele não esta correto. Criam uma defesa para suas próprias emoções doentias, que as vezes não conseguem nem acordar, vira a doença da POSSESSIVIDADE. Pior quando entram na fase dos presentinhos e estar sempre disponível quando a parceira precisar. Ligue o sinal de alerta sufocada, você pode estar mesmo em perigo!
Para fechar esse texto dois trechos do livro “Velejando com a Vida”:
- "Quando aperto o nó, vejo amantes unidos, braços e pernas entrelaçados, pernas estendidas. Quando afrouxo o nó, vejo os amantes se separando, como deve ser, porque os que se amam, ainda que se amem muito, não podem estar ligados pelo amor em todos os momentos de suas vidas. 

Entretanto, o que mais acontece quando um homem e uma mulher se encontram não é atarem o nó direito, e sim o nó torto, e tornarem-se prisioneiros do amor, e não parceiros, consortes. Esfolam-se e desgastam-se com o atrito e, mesmo que lutem e se esforcem, não conseguem escapar de seus laços. "Estamos amarrados", dizem quando caminham para o altar, e suas palavras são mais proféticas do que imaginam. Uma vez casados, marcham em formação cerrada no mesmo ritmo, com o mesmo passo travado, aos arrancos. É uma situação lamentável, mas não há nada a fazer; como o nó que ataram não se afrouxa, eles se enredam de tal modo que afinal se estrangulam"
 Acho que a maioria de nós tem medo de se entregar e sentir tristeza pelo que a vida levou, porque pensa que nunca mais vai recuperar o domínio de si. O medo é infundado; o que deveria realmente nos assustar é a possibilidade de perder a capacidade de lembrar a vida que vivemos, que nos conecta com nós mesmos. As doenças mais aterrorizantes não são as que nos tiram a vida  são as que nos deixam à deriva, ao sabor da corrente em um mar vazio, privando-nos de nossas lembranças.
                       Liguem o Alerta Galera !!!!!!