domingo, 6 de março de 2011

Dependencia

Segundo a psicologia, a dependência amorosa tem como característica a anulação de si mesmo em detrimento do outro. A pessoa que sofre deste distúrbio, coloca todas as suas expectativas de realização pessoal e emocional no alvo de seus sentimentos.
Assim como um dependente químico, aquele que sofre de dependência amorosa se torna compulsivo, sofrendo crises de abstinência na ausência de sua "droga" e fazendo coisas que normalmente não faria, a fim de obter a satisfação de sua carência.

Tudo começa como um relacionamento normal, até que ele evolui ao nível da obsessão. Como não sou psicóloga ou especialista no assunto, não entrarei no mérito das causas deste transtorno, ou seja, o que faz com que um amor se transforme numa patologia.
Sem citar nomes, por questão de respeito e segurança, digo que tenho acompanhado de perto isso que, na minha leiga opinião não é amor, mas vício e percebi o quão destrutiva essa dependência pode ser.

O caso em questão é um relacionamento de aproximadamente 7 anos entre uma mulher que se tornou totalmente submissa (não exatamente no sentido bíblico, até porque o casal em questão não era cristão) e um homem dominador que sente prazer em exercer este papel, fazendo-o com requintes de crueldade e humilhação.

Ela perdeu sua dignidade; ele perdeu a noção dos limites. Ela se contentava com as migalhas que recebia e tinha medo de perdê-las; ele age como se essas migalhas fossem produto de sua generosidade.

Mas se você acha que está longe de histórias assim, pode se surpreender ao saber que está mais próximo do que imagina. A internet, por exemplo, é um meio que proporciona o aparecimento de casos assim.

Tantas vezes nos deparamos com notícias nos jornais mostrando casos de mulheres enganadas por homens que conheceram pela internet e por eles se deixaram envolver através de palavras doces e propostas interessantes, se tornando cada vez mais vulneráveis às manipulações dos mesmos, não é mesmo?!

Mas o que fazer quando nos deparamos com pessoas conhecidas que passam por esse tipo de situação? O que fazer quando, num momento de desespero, a vítima vem ao nosso encontro pedindo auxílio, mesmo quando sabemos que no final das contas tudo muito provavelmente ficará na mesma?

É nosso dever como cristãos prestar auxílio aos necessitados, independente da forma como a necessidade se apresente. O auxílio pode ser através de aconselhamento, apoio psicológico, material, em forma de oração e, em casos extremos, através de acompanhamento na busca por orientação legal e policial.

De qualquer forma, por mais que fiquemos inconformados com a cegueira e falta de atitude das vítimas, não podemos nos negar a ajudá-las. Quem cai e se machuca, muitas vezes precisa de uma mão para poder levantar. Quem está no escuro e não sabe onde está o interruptor, precisa de alguém para lhe mostrar a luz.

Portanto, querido leitor, se você conhecer um caso assim, ajude! Siga o exemplo de Cristo que nos ensinou a amar o próximo como a nós mesmos e a prestar socorro aos necessitados.

Mas se você é uma pessoa que não apenas conhece, mas vive essa patologia, saiba de que Cristo te amou muito mais do que qualquer outra pessoa poderia amar, a ponto de dar a própria vida por você na cruz; somente Ele é digno de adoração e devoção. Tenha em mente que Deus não te criou para ser rebaixada e humilhada.

"Depois disse o Senhor Deus: "Não é bom que o homem fique sozinho. Vou fazer uma companheira para ele, uma auxiliadora à altura dele". (Gn 2.18)"

Que Deus abençoe sua vida!

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