sábado, 13 de outubro de 2012

A grande roda da vida...


A roda da vida vai girando e mudando as coisas de lugar.
Embalados pelo movimento, só vamos percebendo estarmos lentamente sendo conduzidos de um lado para o outro. Mas se, por razões diversas, nos afastarmos das obrigações do dia a dia, das preocupações do cotidiano, poderemos perceber o fluxo natural da vida, do qual fazermos parte, como atores e espectadores.
O quanto fica mais leve a vida à medida que vamos compreendendo seus enigmas, suas sutilezas, sua naturalidade.
Novas gerações vão chegando, enquanto as mais velhas vão deixando o palco livre para o próximo ato. É a arte da vida.
O importante é, enquanto estamos em cena, fazermos o nosso papel com prazer, com alegria, com entrega, para que não sejamos superficiais o suficiente para não sentirmos a própria vida.
Cada um escolhe ou é escolhido para atuar, a ordem das coisas não importa, o que importa é como se faz.
O tempo muda, as coisas mudam, as pessoas mudam. Mudam os valores, mudam os amores, mudam os sabores. Caminhar pela vida é isto: uma eterna aprendizagem, onde o que importa é o que se faz com ela.
Aprendizado guardado na gaveta não serve para nada, aprendizado só tem valor quando promove mudanças, se torna o indivíduo melhor.
As ideias aqui contidas são oriundas de várias experiências antigas e recentes com a vida, traduzem resumidamente o pensar e o sentir de uma vida, que de alguma forma cumpre o seu papel.
É assim que tenho pensado a vida, como sendo ela um texto que vamos escrevendo e vivendo a cada momento.
Tenho relativizado o conceito de certo e errado, pois eles se confundem no contexto do texto. À luz da atualidade, muito do que foi certo já não é mais, e o que fora errado se tornou certo: é o efeito da roda da vida.
Para mim, a roda da vida não gira num eixo fixo, ela gira elipticamente, mudando sucessivamente seu trajeto.
Portanto, quando achamos que percorremos 360 graus e voltamos ao ponto de partida, na verdade fizemos uma trajetória nunca antes percorrida e chegamos onde nunca estivemos.
Talvez o desafio da humanidade seja compreender esta dinâmica, e, junto com ela, progredir dentro de um plano maior, ao contrário de ficar se debatendo, aprisionada a velhos conceitos de preconceitos.
Nos apegarmos a coisas, pessoa, ideias é corrermos riscos – mais provável  de nos acorrentarmos, enquanto a vida passa, e a eles ficarmos ainda mais presos à medida que nos damos conta de que perdemos o bonde da nossa própria vida, e o apego é o que nos resta.
Se quisermos ser mais felizes, ou pelo menos termos mais histórias interessantes para contar, precisamos nos desapegar, deixarmos nos levar pelo fluxo da vida que corre dentro de nós, e se expressa através das escolhas que fazemos. O outro? Ah! O outro é um companheiro de viagem, nada mais, pois pode descer em qualquer estação, enquanto a nossa viagem continua.

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