quarta-feira, 21 de setembro de 2011


Gentennn, apesar de ter me ausentado uns tempinhos aqui do Blog estava super envolvida com as Pré conferências LGBT.Mas não deixei um minuto sequer de constatar a crescente onda Homofobica...Depois vou deixar aqui o que passei recentemente, mas vamos lá ao Post de hj.


Apesar de ter minhas reticências em relaçao a Copa de 2014 e a Rio 2016, acho que esses dois fatos podem nos mostrar uma coisa. Podemos mudar sim, se quisermos realmente. Estas escolhas deram um “up” na questão do SONHAR e acreditar nas possibilidade. Na história da humanidade, são esses momentos de patriotismo que geram as grandes mudanças...algumas pra melhor, outras para pior. Mas esperemos que esse não seja o caso.
 
Baseado nisso, resolvi escrever uma história fictícia, para mostrar que o tal mundo “sem homofobia” pode não ser tão distante. Não estou ignorando ou desmerecendo as questões trágicas e absurdas que vêm acontecendo em alguns locais, mas sim, tentando dar uma força para que se acredite em uma possibilidade e não se desista, pq ela é SIM POSSIVEL. 
Se nos EUA eles tiveram o “YES WE CAN” do Obama, temos aqui o “Yes We Créu”, que rolou no Twitter. Ele pode não ter salvo o mundo (Obama), mas deu um “up” na galera. Vamos usar esse momento pra tentar tb alcançar os demais países nestas questões, acabando com essa praga social da homofobia, até que ela seja uma pagina nos livros de história, como tantos outros momentos de absurdo que lemos na história moderna. É...pode ser doloroso, mas precisamos evoluir enquanto sociedade. É como deixar de ser adolescente e ser adulta. Envolve lutos e dá trabalho, mas é preciso.
 
Então, voltemos a história fictícia de Jorge e Alfredo. Ambos têm um filho adotivo, chamado Lorenzo. Mantem uma vida pacata e tranquila, onde as relações sociais envolvem sempre situações que possam envolver o filho. Desde passeios no calçadão local até almoços domincais no shopping. Uma coisa meio enredo batido de novela (rs)
 
Se fosse uma história em uma sociedade infantil demais (imatura coletivamente), Jorge, Alfredo e Lorenzo receberiam todo o tipo de preconceito e a situação poderia ser complicada mesmo. Ainda existem alguns locais assim, e infelizmente, esses precisarão passar por “duas fases” de forma mais rápida. (da infância a fase adulta social, em apenas aluns anos)
 
Mas essa situação do conto acontece diferente. O trio costuma passar por momentos que mostram que pode haver sim algo mudando e que tem-se que ter mais força mesmo. Algumas situações interessantes serão descritas aqui.
 
Em uma viagem em família, uma atendente de check in percebeu a relação do trio. Como Lorenzo é uma criança muito “comunicativa”, a querida moça fez uma surpresa. Ao entrarem no avião, haviam sido “upgradados” para primeira classe.
 
Em quase todos os vôos que pegam, todas as equipes de comissárias se aproximavam e já houve situações de brigas entre elas para decidir quem daria mamadeira ou quem perguntaria mais coisas sobre a criança, a relação e a adoção. Voar é sempre uma aventura.
 
É interessante perceber que as reações são bem imediatas e espontâneas. As pessoas são pegas de surpresa. Como Lorenzo tem traços orientais, Jorge uma mistura brasileira, e Alfredo um alemão caricato, não tem como se identificar a trupe quando andam juntos. Daria até pra colocar uma filmadora no carrinho para que todos pudessem ver isso. (risos)
 
Por inúmeras questões, como casos de adoção que a mídia divulga internacionalmente, de alguma maneira o inconsciente coletivo identifica logo Lorenzo. E como consequencia, os pais. Isso ATRAÍ algumas pessoas. Em um aeroporto, uma pessoa se aproximou, perguntou o nome da criança, sentou ao lado deles e parabenizou pela adoção. Nenhuma palavra foi dita e toda a comunicação alí foi insconsciente. (ou mesmo pré-consciente)
 
Quando vão ao shopping aos Domingos, e um dos pais com o carinho, o outro anda com a bolsa, e isso tb informa a quem está passando o que acontece por alí. Praça de alimentação é sempre interessante. Enquanto um come, o outro precisa dar comida a criança, e depois trocam para que o outro faça a refeição. Isso é o suficiente para as pessoas olharem, darem tchau, sorrirem alegremente com um olhar de aprovação. Alguns se aproximam e brincam com a criança. Pouco se pergunta...os inconscientes já se comunicaram alí há muito tempo.
 
Comprar qualquer produto tb é sempre interessante. Como as decisões são sempre em conjunto, todos percebem e atendem com um soriso lindo no rosto. Brincam, são mais simpáticos, ajudam, mas não fazem perguntas. São muito educados e muito atenciosos.São sempre discretos.
 
Supermercados são ótimos também. O caixa especial diz “mulheres com crianças de colo”. Que coisa mais machista! Só mulher vao ao mercado? E pq somente elas carregariam as crianças? Entrar na fila é sempre interessante. As pessoas olham, dão “oi” sem você as conhecer e já começam a perguntar sobre o menino.
 
E assim termina esse conto, que possuí ainda outras dezenas de situações diárias que mostram que a homofobia pode ser combatida sim, se mostrarmos sempre dignidade e respeito. É respeitando o Outro que temos respeito. Tudo é uma questão de POSTURA! Muito disso tb se deve ao fato de Lorenzo ser nitidamente uma criança bem cuidada, amada, saudável e feliz, e um sorriso desses quebra qualquer preconceito, até mesmo o mais enraizado.
 
Isso me faz lembrar a propaganda da Nebacetin, que passou pouco tempo no ar, mas mostra uma sociedade mais adulta, evoluída. Um local com mais segurança e com igualdades. Talvez como um local bom para se sediar um jogo olímpico e uma copa do mundo. 
Se Yes We Créu e “Yes They Can” (EUA), podemos tentar também um “Sim Nós Podemos” e evoluirmos enquanto sociedade, erradicando esse nojo chamado homobofia e termos locais decentes para vivermos e sediarmos eventos importantes. Aproveitemos o nosso patriotismo para arrumar a casa então.

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