quinta-feira, 10 de novembro de 2011

As diversas formas de se Amar....Mas sempre é amor !!!!!!!

O amor paira constantemente em nossa volta e nem sempre percebemos.
Há algum tempo penso em escrever sobre o amor, mas não aquele amor dos poetas e dos apaixonados, das juras e promessas nem sempre possíveis ou cumpridas ou eternas.
Penso em falar daqueles amores que sentimos por frações de segundos ou breves períodos de tempo e que também são intensos e inesquecíveis.
Amor por pessoas que surgem e passam em nossa vida, sem explicação ou por aquelas que estão sempre próximas e não as valorizamos o quanto merecem. E aqui me estendo aos rostos que defino porque conheço e àqueles em que seus traços estão delineados apenas em minha imaginação porque são virtuais.
Amor daqueles encontros que inesperadamente o assunto flui, o olhar diz mais do que as palavras, as atitudes emocionam, o carinho preenche lacunas de tudo que temos de bom e assim, retribuir e compactuar é tão simples e natural.
Triste é a constatação de que nem sempre possuímos a sensibilidade para perceber essas significantes formas de amar. Não percebemos, não sentimos, não falamos.
Não valorizamos aquele gesto carinhoso e do qual deveremos gratidão infinita; aquela palavra de consolo; aquela frase “você está em minhas orações” sem saber a quantas anda nossa fé; aquela sutil gentileza contida num email que recebemos; aquele presente inesperado, de quase nenhum valor monetário, mas de delicadeza e com impressão invisível: “você é importante pra mim”; aquele pão caseiro ou bolo delicioso, ou aquela xícara de chá ou café fumegante, às vezes, com aquele ombro amigo para chorar ou sorrir; aquele olhar marejado quando o sucesso nos brinda com conquistas tão almejadas; aquela sinceridade nas palavras “você está muito bem hoje” , que contém muito mais do que beleza física ou bela roupagem; aquela ajuda num momento em que muito precisamos – no carro que quebra, na doença que nos acomete, na dor das perdas, na aflição de uma paixão, na presença de uma saudade que teima em doer.
E então, quantos são os momentos em que perdemos a chance de sentir este amor que traz junto aquela sensação de “coração inchado”, de “isto é amor”, de paz e serenidade?
Quanto perdemos em acreditar que apenas as grandes emoções e os grandes amores nos farão sentir esta tal felicidade que tanto buscamos e queremos e sonhamos?
Quanto deixamos de amar e demonstrar e agradecer, simplesmente porque nos cegamos diante de “pequenos detalhes” que não retribuímos porque uma ignorância sensível nos deixa insensíveis?
E pra que complicar estas tantas maneiras de sentir, em buscas errôneas e ilusões de eternidades?
Nosso tempo é mais breve do que tudo que possamos crer. Nossos pensamentos mudam e nos moldam a todo instante. E o tempo vai passando.
E então, poderemos perceber tarde demais, que os castelos em que nos escondemos, podem ser de areia e se diluírem tão rápido quanto essas “pequenas formas de amar” que tão grandes são, tanto ensinam, tanto compreendem, tanto amam.

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